quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Obrigado Marcelinho!

Ontem em meio a festas e homenagens (merecidas a quem sempre honrou a camisa do Corinthians) me encontrei com um sentimento de perda. Ver Marcelo Pereira Surcin, o Marcelinho carioca jogando novamente pelo Corinthians foi algo que de fato mexeu com os mais de 19.000 fiéis presentes ao Pacaembu. Por instantes lembrei a minha infância quando ia com meu pai ao Pacaembu pra ver o Timão jogar todo uniformizado e com a camisa 7 do Corinthians, ou ainda ver a televisão e ver aquele cara baixinho que vestia a mesma camisa 7 e que tinha a cara do Corinthians fazer a Fiel Torcida delirar com seus gols e lances mágicos. A quem não concorde com isso e tenha sua opinião diferente em relação ao Marcelinho, Fato é que ninguém em 100 anos de história levantou mais taças do que ele. Muitas vezes envolvido em polêmica e raros insucessos com a camisa alvinegra, Marcelinho foi um jogador que dividiu a opinião de imprensa e de torcedores. Mas nunca perdeu o carinho e respeito da nação Corinthiana que o idolatra. Nas Diversas vezes em que enfrentou o Corinthians jogando por outros clubes Marcelinho sempre foi homenageado pela torcida Corinthiana.O Corinthians ontem vendeu o Huracan pelo placar de três a zero (Souza, Morais e Dentinho respectivamente marcaram os gols do triunfo alvinegro), o momento de maior importância da tarde se deu durante o intervalo da partida, emocionado Marcelinho deu uma volta olímpica saudando todos os torcedores e levando o Pacaembu a uma comoção Geral. Aos gritos de: "uh Marcelinho! e “Doutor eu não me engano o Marcelinho é Corinthiano!" Marcelinho foi eternizado definitivamente na memória e no Coração da Fiel torcida.
Logo que chegou ao Parque São Jorge, Marcelinho Carioca mostrou a que veio. No dia de sua apresentação, o atacante de 21 anos previu: "Quero marcar minha passagem aqui. Vim para o Corinthians para ser campeão!". A identificação com a torcida foi imediata e uma carreira vitoriosa estava começando.
O maior colecionador de títulos com a camisa corintiana tem em sua conta dez títulos em oito anos pelo clube: um Mundial da Fifa, dois títulos brasileiros, uma Copa do Brasil, quatro paulistas, uma Copa Bandeirantes e um Troféu Ramón de Carranza.
Por sua extrema habilidade e competência em bolas paradas e pelo seu pequeno pé (calçava chuteiras número 36), Marcelinho foi apelidado de Pé de Anjo por torcedores e jornalistas. Tanto pela identificação que tinha pelo clube, quanto pela qualidade técnica que conduziu o time em um de seus períodos mais gloriosos, Marcelinho Carioca figura como um dos maiores ídolos da história do Corinthians.
Após diversos títulos, foi vendido, em 1997, para o Valência, da Espanha, por US$ 7 milhões.
Como não se adaptou ao Valência e amargou a reserva, Marcelinho só quis uma coisa: voltar ao Brasil. Ao saber da vontade do jogador, Eduardo José Farah, presidente da Federação Paulista de Futebol na época, comprou o passe do jogador junto ao Valência. Depois, Farah criou o "Disque Marcelinho", para o qual, ao custo de três reais por telefonema, os torcedores dos quatro maiores clubes do estado, São Paulo, Palmeiras, Santos e Corinthians, deveriam ligar e escolher o futuro do jogador.
Após 11 dias da promoção, a imensa e esmagadora maioria corintiana trazia Marcelinho de volta ao clube. Foram 62,5% das ligações para o Corinthians, 20,3% para o São Paulo, 9,5% para o Santos e 7,7% para o Palmeiras. Assim, ele voltou ao Timão.
De 1997 à 2000, Marcelinho foi o ídolo maior de um time recheado de estrelas, responsável pela mais vitoriosa temporada do Corinthians.
Após uma briga em 2001 com Ricardinho, deixa o clube novamente e somente em fevereiro de 2006.
Após defender diversos clubes, inclusive estrangeiros, rescinde seu contrato com o Brasiliense, e volta ao Corinthians. Sua terceira e última passagem pelo Corinthians foi rápida e turbulenta. Marcelinho jogou pouquíssimas partidas. A principal delas contra o Internacional (RS) onde ele veio novamente a atuar como titular. o jogo acabou empatado em 1x1. Marcelinho teve o contrato rescindido pelo clube a pedido do então técnico Emerson Leão.
Período em que jogou no Corinthians: 8 anos (de 1994 à 1997 e de 1998 à 2001)
Jogos: 427
Gols: 206
Média: 0,48 gol/jogo


Saudações Coritnhianas e Obrigado Marcelinho você estará eternamente em nossos corações.

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