Demos um grande passo para a tão sonhada conquita. Foi uma batalha campal, uma não duas. Uma em território inimigo, outra em nossos domínios. Nela dois lados totalmente diferentes, um com sua torcida um pouco mais favorecida, apoiada por todos os outros povos que não são Corinthianos. Do outro lado o POVO de fato, irmanado por uma bandeira preta e branca a qual defendem de todos as formas ultrapassando limites lógicos e prováveis. E como a arte imita a vida, certas vitórias exigem sacrifícios, e aqui não vou considerar os esquemas táticos, jogadas e a técnica. O conteúdo humano é infinitamente mais decisivo. Ganhamos claro e evidente pelo peso da união magica que o Corinthians (e somente ele) conseguem fazer com time e torcida formando uma nova familia, um novo ser.
Os sacrificios de um povo que muitas vezes passa fome ou se não a esse ponto crítico e lamentável em nosso país de desigualdade, acaba economizando e abrindo mão de fazer uma refeição para satisfazer uma outra necessidade que "encherá sua barriga". Que muitas vezes passa frio, para num abraço fraterno de uma multidão de semelhantes se aquecer. E este mesmo povo, muitas vezes desprotegido de sorte, vence com uma vitória legítima por conta de seus sacrificios. É baseado nisso que hoje escrevo esse texto, pois eu vivencio muitas experiencias como esta. Quantas vezes é mais fácil ficarmos em nossas casas, aquecidos, e quantas vezes opto cegamente por ficar naquela bendita arquibancada? E nessa mesma arquibancada observar a comunhão de almas que mesmo de tantas classes diferentes, histórias, idades, crenças e hábitos se abraça por uma causa, se mobiliza e vai a luta. Ontem foi um dia mágico daqueles que ficarão na memória por muito tempo, muitos sacrifícios estavam ontem, em uma noite fria e com garoa, Fiéis se amontoavam pulando e cantando alto pelo ideal maior, e quantos também, mundo a fora vendo aquilo como se estivessem também na arquibancada, sofrendo e cantando, como se daquilo se alimentassem.
Eu vivo por ti Corinthians, minha vida!
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